Foram vendidas 52.855 casas, mais 58,3% do que no período homólogo, aponta o INE.
A venda de casas em Portugal está ao rubro: entre abril e junho de 2021 foram transacionadas 52.855 habitações, mais 58,3% do que no mesmo período do ano passado, assinala o Instituto Nacional de Estatística (INE). E, seguindo o mesmo trajeto, os preços das casas também estão a aumentar a nível nacional – em concreto, registou-se uma subida homóloga de 6,6%.
Este aumento “expressivo” no número de transações no país pode ser explicado, em parte, pelo facto de no período homólogo – isto é, de abril a junho de 2020 – ter sido marcado por “restrições significativas sobre a atividade económica em consequência das medidas de contenção da pandemia Covid-19 que implicaram o número (e valor) mais baixo de transações desde o terceiro trimestre de 2016”, explica o INE no documento publicado esta terça-feira, dia 22 de setembro de 2021.
No total, as casas vendidas em Portugal representaram o movimento de cerca de 8,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 66,5% em termos homólogos. “Abril foi o mês com o crescimento mais expressivo, com uma taxa de variação homóloga de 72,4%, seguindo-se junho e maio com variações de 64,3% e 63,9%, respetivamente”, aponta o INE.
Preços das casas sobe, mas menos
O Índice de Preços da Habitação (IPHab) do INE mostra que o preço das casas voltou a crescer entre abril e junho de 2021 face ao trimestre homólogo (6,6%). Mas olhando para o histórico de dados salta à vista que este é o terceiro menor aumento homólogo desde o início de 2016. Neste horizonte temporal, a menor subida foi mesmo registada nos primeiros três meses de 2021 – de 5,2%. E a segunda mais baixa foi verificada no segundo trimestre de 2016 – de 6,3%.
No entre abril de junho de 2021, o preço das casas novas aumentaram a um ritmo superior ao das habitações existentes (6,9% e 6,5%, respetivamente).
Em relação ao trimestre anterior, o preço das casas aumentou 2,2%. Por categoria, o aumento dos preços também foi mais intenso nas habitações novas (3,5%) que nas casas já existentes (1,8%), refere ainda o INE.
Onde é que se vendem mais casas?
E onde é que se venderam mais casas neste período? Na Área Metropolitana de Lisboa, região onde foram transacionadas mais habitações no segundo trimestre – cerca de 33% do total de transações. Ainda assim, este valor representa uma descida de 2,1 pontos percentuais (pp) face ao período homólogo.
Logo a seguida está a região Norte, a pesar 28,1% neste total, que registou a primeira redução da quota regional (de -0,6 pp), depois de um período de quatro trimestres consecutivos de incrementos.
Em terceiro está a região Centro, onde ocorreram 20,4% dos negócios. O Algarve e Alentejo possuem pesos semelhantes de 7,6% e de 7,3% respetivamente. E as regiões autónomas são as que representam menores quotas na transação de casas: a Madeira 2,1% e os Açores 1,6%, mostram os dados.