Valor pelo qual os bancos avaliam as casas para efeitos de crédito habitação tem subido: a última vez que desceu foi em março de 2020.

O valor mediano pelo qual os bancos avaliam as casas para efeitos de concessão de crédito habitação tem vindo a subir nos últimos tempos – a última vez que desceu foi em março de 2020 –, e em setembro de 2021 a tendência manteve-se, tendo aumentado para 1.236 euros por metro quadrado (m2), mais 15 euros que em agosto (1.221 euros por m2). Em termos homólogos, o valor mediano de avaliação bancária disparou 9,6%, ou seja, cresceu 108 euros num ano. Em causa estão dados divulgados esta quarta-feira (27 de outubro de 2021) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Clica neste link para saberes o que é a avaliação da casa no crédito habitação.

“O maior aumento face ao mês anterior registou-se na Região Autónoma da Madeira (1,8%), tendo a Região Autónoma dos Açores apresentado a única descida (-0,9%). Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor mediano das avaliações cresceu 9,6%, registando-se a variação mais intensa na Região Autónoma da Madeira (10,4%) e a menor na Região Autónoma dos Açores (4,3%)”, lê-se no boletim do INE.

Avaliação dispara 11% nos apartamentos num ano

No caso dos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária foi 1.369 euros por m2, tendo aumentado 11% face ao mesmo mês do ano passado. De acordo com o instituto, o valor mais elevado foi observado no Algarve (1.669 euros por m2) e o mais baixo no Alentejo (892 euros por m2).

Já a Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (12,6%), tendo a Região Autónoma dos Açores e o Alentejo apresentado os menores (5,9%), conclui o INE.

Na variação em cadeia, o seja, face a agosto, o valor de avaliação subiu 1%, tendo a região Norte apresentado a maior subida (1,9%).

Por tipologia, o valor mediano da avaliação subiu nos casos dos T2 (1.402 euros por m2) e dos T3 (1.221 euros por m2). “No seu conjunto, estas tipologias representaram 80,5% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise”, refere o INE.

Moradias também em alta

Relativamente às moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 998 euros por m2 em setembro, mais 4,7% que no mesmo mês de 2020. “Os valores mais elevados observaram-se na Área Metropolitana de Lisboa (1.652 euros por m2) e no Algarve (1.626 euros por m2), tendo o Centro registado o valor mais baixo (819 euros por m2). A Área Metropolitana de Lisboa apresentou o maior crescimento homólogo (8,1%) e o menor ocorreu na Região Autónoma da Madeira (2,2%)”, lê-se na nota.

Face a agosto, o INE conclui que o valor aumentou 1,1%, tendo a Área Metropolitana de Lisboa apresentado o aumento mais acentuado (2,4%) e a Região Autónoma dos Açores a única redução (-1,5%).

“Comparando com agosto, os valores das moradias T2, T3 e T4, tipologias responsáveis por 89,1% das avaliações, atingiram os 930 euros por m2 (mais sete euros), 988 euros por m2 (mais sete euros) e 1.049 euros por m2 (mais 11 euros)”, conclui o INE.

Mais avaliações

Em setembro, foram consideradas, para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária, 28.301 avaliações, mais 19,4% que no mesmo período do ano anterior. “Destas, 17.896 foram apartamentos e 10.405 moradias. Em comparação com o período anterior, realizaram-se menos 1.014 avaliações bancárias, o que corresponde a uma diminuição de 3,5%”, salienta o instituto.

 

Fonte: Idealista News